Nem depois de morto...

Quer-me parecer que a moda das exumações pegou! Já não bastava abrirem o túmulo do Cristóvão Colombo (português, genovês, catalão, alemão, a versão que melhor vos aprouver) e de tentarem o de D. Afonso Henriques, chegou a vez de Farinelli, nem mais!
No passado dia 12 de Julho, o corpo de Carlo Broschi (1705-1782) foi exumado em Bolonha por uma equipa de cientistas do Centro Studi Farinelli e das universidades de Pisa e Bolonha.
No comunicado de imprensa de Carlo Vitali, mentor deste projecto, pode-se ler:
"the bones looked tall and sturdy, quite matching the impression collected from several contemporary portraits and caricatures of him. Although Farinelli’s skeleton is not in optimal condition, part of his jaw-bone, a couple of teeth and a few fragments of the skull have been identified. The fairly good preservation of the major bones seems enough to perform most of the projected bio-medical tests about the singer’s height, bodily countenance, life-style, nutrition habits, diseases, traumas and the like."

Deixem os mortos descansar…

Cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian

"Faz hoje cinquenta anos que, com a publicação e entrada em vigor do Decreto-Lei nº 40690, a Fundação Calouste Gulbenkian ganhava existência jurídica plena. À vontade do instituidor manifestada no seu testamento e ao vasto património por ele legado, juntava-se o outro elemento essencial, o reconhecimento. No caso, concedido por via legislativa, o que desde logo atestava a singular importância para o nosso país, que assim se via dotado de uma das maiores fundações europeias e de uma rara colecção de arte internacional.
Acto de enorme generosidade de Calouste Sarkis Gulbenkian, cuja memória evocamos com gratidão e reconhecimento. "

Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian